segunda-feira, 7 de setembro de 2009

alguém, que faz de alguém a fazer de alguém...

Tudo o que
não disse aos meus pensamentos
pode ser descrito
como inútil
vulgar ou fútil,
de pouco interessante
ora falso
ora humilhante,
não digo a mim
por isso escrevo ao mundo
se a mente
não conhece a verdade
e o coração
é apenas a maior obra de ficção
alguma vez criada
eu me rendo por fim
à verdade
fatal e real
de que por vezes a vida
sabe mais do que eu.

E que mal tem
eu me confessar a mim próprio?
Já que não digo
tudo ao meu ser
ao menos que a minha mente saiba o que pensa,
não vá mesmo a sociedade
pensar que só ela me controla...

Acabo a dizer
ao meu leitor
nunca se engane,
as pessoas são apenas imagens na sua cabeça...
tudo o resto é que importa.

Joaquim Salgueiro