nunca antes brincou,
e se não ri, nunca o exprimentou,
quem não sente a treta,
nunca te viu.
Nunca direi Feio em voz alta,
mas por debaixo da cama
onde o filme está guardado,
treta de sobra
toda espalhada. O riso ficou
na caixa, a treta no caixão,
a vida continua igual...
Talvez nunca vás embora,
embora às vezes seja preciso,
quanto homem foste, quantos risos
fizeste sair. Verdade,
nem o riso do planeta inteiro
te iria fazer parar. O que se perdeu
já lá vai, o pior foi o que se ganhou.
Saudade Feio, muita saudade...
Joaquim Salgueiro
Talvez um dia me sente, finalmente, em frente ao palco dele. Um génio. (1954-2010)