quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Uma ausência cruzada.

Do nada veio a tua imagem,
clara, por mim amada,
sofrida, a dor que origina,
tal dor...
que mói o corpo,
Serra a mente, mata o morto.
A dor, a tua dor por mim sentida,
vi-te madrugada, sinto-te adomecida,,
nos meus braços, nus, queridos,
tal carinho meu amor,
Voaste daqui embora
e embora não me digas,
sei que sofres, tal dor a minha.

Agora e do nada,
lá longe, enovoada,
não suspiras,
não me falas,
e a tua ausência, cruzada,
trespassa coração e alma,
palavra errada.
Espera
que morri, meu amor.

Joaquim Salgueiro

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