terça-feira, 7 de setembro de 2010

I.

Apagas-te uma vela que ardia muito
mas devagar,
e fiquei sem luz, sem fogo
e sem expressão.
Acabou-se a caneta, o papel
e a tinta preta
as lágrimas e a prata dos castiçais...

Vendi tudo ao diabo,
fogo e água com sal
quis o teu bem pelo meu mal
e nem assim o vento te deixou ficar...

Dividi o coração em mil partes
deixei-tas à porta do quarto,
ou debaixo da tua cama
ou em cima
ou sentadas no sofá
até na mesa da cozinha,
estão todas por encontrar...

Foram-se o beijos,
onde os posso ir buscar?
Foram-se os "amo-te",
quando vão decidir voltar?
Foi-se tudo e eu não sei mais que escrever...
Foste... foste e sinto a falta de te ter...

Joaquim Salgueiro

3 comentários:

Vlinder disse...

Pode ser que a tinta chegue noutra cor

Vlinder disse...

Pode ser que a tinta chegue noutra cor

Vlinder disse...
Este comentário foi removido pelo autor.