terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Senhora (de um coração)

Do nada surge o meu amor,
com segredos, beijos em poemas,
Desejava poder ter e reter
tudo o que passamos,
tudo o que amamos demais,
e por demais te digo,
não serão precisas horas,
não serão, só estarão no meu relógio,
teu coração. Quando parar,
pararei eu também de paixão,
o lume do mistério, meu mistério
tua perdição,
terá água, e a água
veneno.
No entanto, não há medos,
receios, não há refúgios,
lágrimas, fugiram da minha cara,
senhora, és agora felicidade.

Joaquim Salgueiro

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