quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Homenagem ao interior português.

( Desde já ponho aqui o aviso : Vou editar o meu primeiro livro. Ainda não está definida a data de lançamento, mas de qualquer maneira , quando souber, avisarei concerteza. )



Vida que leva
o homem do tasco
serve e bebe
o vinho que do pipo
traz, além da cor,
sabor esquesito.
Vive de conversas
com pessoas de renome
(lá na aldeia
todos sabem quem é pobre)
e relembra a cada dia,
não fosse a missa,
a terrinha estava morta.

Quase que está
ouve-se nas ruas desertas
são as vozes de paralelos
e paredes da idade
de Portugal,
quase que não há gente
que caminhe
ou se espezinhe
(tirando as beatas que na paróquia habitam).

Revolta!
Revolta!
É o eco que as árvores
ouvem no vale
lá do tasco o gerente treme
entre um copo
e um prato que arrefece.

"se não estou morto,
já devia estar."

Joaquim Salgueiro.

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