sábado, 17 de outubro de 2009

A necessidade.

A irmã : Tenho-te comigo em todo lado, no pensamento que me acompanha ao longo de dia (junto com a preocupação), onde de vez em quando, quando posso e me atrevo, visito o teu quarto e relembro as conversas desconversadas que aí já tivemos. Soa a algo tão banal que enjoa só de ler, como pode algo descrito não ter nada a ver? Será o indiscritível algo que além de não poder ser escrito, também não pode ser lido? Mas bem, pelo menos sentido. Sei bem que durante o dia são diversas as vezes em que te sentas e pensas (meia séria, meia discreta) "o que será que aquele rapaz anda a fazer?" . Fui bem treinado, tive mais que uma irmã, uma mãe e um ombro (um ombro esquesito tenho a dizer. Além de encosto tem ouvido) que , invariavelmente, nunca saiu do sítio. Por tudo o que posso dizer e tudo o que não disse, por todas as vezes que me perdoaste e me ensinaste, por tudo o que pensas e não falas ou por tudo o que escondes e partilhas (em jeito de silêncio, para mais ninguém perceber), mais que um obrigado. Um sincero obrigado.

O amigo : Mas por que raio tinhas que ter ido logo este ano embora? Porque raio tenho eu que sentir a tua falta e sentir-me feliz só de te ouvir falar? É verdade que já não vivo sem a habitual exposição de conhecimento musical/cinemático a que me sujeito de cada vez que tou contigo, é verdade que cada vez me habituo mais a viver sem te ter constantemente por perto e sim, é verdade, que cada vez que me rio contigo é verdadeiro. Nunca poderei esquecer imitações rafeiras de músicas como "eu sem ti quem era", "a música dos perfume" ou a mítica "beautiful ride", é verdade que nunca me vou esquecer do pes, do "qui é?!" da choradeira a caminho do act ou simplesmente uma noite qualquer no 115, com conversa acompanhada pelo fumo e pela sagres (tinhas que preferir sagres... panisgas!), se bem que também me fazes a vontade e também temos a super. Não posso quantificar as memórias que tenho contigo e muito menos as que quero continuar a ter, não te posso dizer o quanto mereces um, ou dois (ou quantos quiseres) "cafunés" só por me aturares e perceberes, e por fim, in a way of puting things... Strokes for the win!

A namorada : Não sei se deva meter apenas namorada. Não és apenas a namorada. Aliás, tu não és apenas. És muito mais que isso. Sabes todos os meus pontos (os bons e os maus), apoio-me sem medo em ti e sei que força, para mim, nunca te faltará. Confio-te a vida de cada vez que te sussurro um "amo-te" ao ouvido e exponho-me cada vez mais, ao ser apenas o meu ser. Sou contigo, vivo em ti, preciso-te (Quem me dera que não fosse uma expressão tão usada. Mas esta é única por dois motivos : primeiro, porque é verdadeira. Segundo porque é só tua). Deambulo pela minha mente e só a ti te encontro, cada vez mais exposta, cada vez mais minha. Era eu não te encontrar e o mundo acabar. Sei que cada vez que passo pela tua casa penso o quanto aí fui feliz. Sempre que passo em ruas desertas lembro-me daquele dia, quando fui tão feliz, tão teu, tão exposto. O engraçado, gostei de estar exposto. Obviamente (ai o Obviamente... fizemos dele o nosso café preferido sem darmos sequer hipótese a outros para se meterem na competição... mas não importa, é de facto explêndido. Ia ganhar de qualquer das formas.) que isso é estranho de se ouvir. Mas o que é realmente estranho é o facto de apesar de saber a estranheza dos meus sentimentos, sei que sentes de maneira igual. Nada nem ninguém no mundo poderá ser ou compreender isso como nós. Únicos. Perfeitos. Eternos.

Joaquim Salgueiro

2 comentários:

Anónimo disse...

Tu consegues com a escrita mais simples deixar-me totalmente sem palavras.
Aqui o teu ombro esquesito nunca vai sair do sitío ;p
Obrigado por seres o menino/HOMEM que és.
Sweet Kiss from that one person that LOVES you the most.

A Irmâ

Anónimo disse...

Tu consegues com a escrita mais simples deixar-me totalmente sem palavras.
Aqui o teu ombro esquesito nunca vai sair do sitío ;p
Obrigado por seres o menino/HOMEM que és.
Sweet Kiss from that one person that LOVES you the most.

A Irmâ