sábado, 18 de julho de 2009

Diário do nosso amor. (5ª folha)

"Meu amor,

Sinto que escrever esta folha é demais previsível ou vulgar, não te quero escrever todos os dias, para poder com isso tornar alguns especiais, mas admito, tal fraqueza a minha que não consigo parar de escrever para ti quando as lágrimas me escorrem a face. Não sei se é tristeza ou felicidade, sei que é amor. Sei que é saudade. Ainda não parti numa tão curta jornada e já agora sinto a tua falta, o teu cabelo, a tua face, os teus lábios ou o delicioso toque da tua mão. Será isto demasiada paixão? Prometi para mim que nunca seria dependente de ninguém, a verdade é que nesse aspecto sinto-me um mentiroso incumpridor que quebra palavras e códigos de (talvez) conduta por amor, mas será errado a uma pessoa confiar a nossa alma? Surge-me agora esta dúvida e tenho que admitir, a ti nunca será um erro dar a minha paixão e de certeza que posso afirmar, entrego-te a chave da minha vida como se fosse mais um beijo, seguro e sentido, sem nada que uma outra intenção possa estar envolvida. Entrego-me meu amor. Admito também que pensei antes de quebrar tal promessa pensava que depêndencia significava aprisionamento. Outra vez estava errado e quando o falava era um mentiroso pervertido. (Só espero não me tornar um viciado doentio) Sei agora que tu me abriste a jaula e, pura e imaculada, apareceste tal santa iluminada, guiando seguidor à vida. Sim, eu vivo contigo. Vivo em ti meu amor.
Peço desculpa pelo desabafo em forma de diário publico-privado, mas se não me confessasse a ti, a quem mais me iria confessar? Sinceramente e com todas as forças, é muito mais do que alguém possa tentar explicar.

Teu,
Joaquim Salgueiro"

1 comentário:

Tua, Inês . disse...

Darling,

Só me consigo recordar o quanto éramos iguais e como tudo mudou, como juntos mudamos o mundo um do outro! E tu que juravas aos Deuses que não mudavas, sinto-me uma vitoriosa (ou heroína, como preferires)! Deste-me vida e quero olhar para ti a cada dia com um sorriso ainda mais apaixonado do que o primeiro. Só me resta esperar ansiosamente por sexta feira e implorar aos céus, que te tragam para bem perto! Não me deixes morrer aqui com todas as saudades que me ferem a alma. Tornas-te-te importante de mais e confesso já não saber viver para além de ti. É muito mais que amor, muito para alem do que palavras em desenho possam descrever, é demasiado nosso!

é eterno.
Sempre tua, Inês.