segunda-feira, 27 de julho de 2009

Saudade.

Recordo entre os teus beijos,
(foram tantos,
muitos outros virão)
o primeiro,
como que em jeito
de reclamação
reivindicar o que é demais
para mim necessário.
És um suspiro
ou um grito de alívio,
não sei bem,
no entanto
eu te preciso
e portanto te eternizo
com palavras vindas
do fundo de interior nunca antes calcado
e por isso,
de certo modo apavorado,
mantenho-me preocupado
com o que apenas te direi.
Será demais?
Nunca, penso eu,
amar-te-ei hoje,
para sempre
e quem sabe,
talvez depois.

Joaquim Salgueiro

1 comentário:

Tua, Inês . disse...

Lembro-me tão bem desse dia, cada toque e espera, cada sorriso e suspiro de desejo e o medo do primeiro beijo! Confesso que nasci de novo nesse dia, nos teus braços, naquele banco na tarde que nunca esquecerei!

Era mais que amor.